quarta-feira, 3 de junho de 2020

Reflexões e Aprendizados no contexto da pandemia do Coronavírus

No dia 10 de março  foi divulgado no Brasil, o primeiro contágio do tão temido Coronavírus que já circulava pelo mundo, parando cidades e países desde dezembro de 2019, mas agora havia chegado ao Brasil, na verdade ele já estava, mas a divulgação só foi feita no mês supracitado.

Dias depois, começaram as primeiras manifestações dos governos sobre as medidas que tomariam em seus respectivos locais. Seguindo orientações mundiais dadas pela OMS, iniciou-se uma quarentena. Ninguém deveria sair, somente em último caso. Escolas foram paralisadas, comércio em geral fechados, salvo os que prestam serviços essenciais, enfim, o mundo parou!

Com o passar dos dias, as mentes brasileiras começaram a queimar: o que eu faço agora? Como ficar em casa tanto tempo? Como vou arrumar dinheiro? Será que estou no grupo de risco? Como proteger familiares? E uma infinidade de outras questões, pertinentes, é claro. 

Quando nos deparamos com situações que nunca vivemos ou que nos apresenta preocupação é normal dar uma "pane".

O sofrimento ocorre porque passamos a sentir medo, insegurança, falta de controle da situação.

Até certo ponto é normal que essas emoções aflorem.

Para Darwin,  as emoções tem carácter adaptativo, é uma herança do processo evolutivo pois está ligado a nossa segurança e consequentemente a nossa sobrevivência. O cenário atual que estamos vivendo, num contexto de pandemia de Coronavírus tem gerado fortes emoções nas pessoas e de certa forma promovendo aprendizados.

Quando passamos por situações difíceis é normal pararmos para refletir sobre o que está ocorrendo, levantamos diversas questões nem sempre habituais sobre nós, nosso cotidiano, como por que tal coisa está ocorrendo? Será que tinha como eu evitar? Será que tive culpa? O que eu faço agora? E se eu tivesse feito tal coisa? E se eu não tivesse falado ou feito da forma que fiz? Enfim, são muitas as reflexões acerca do problema. 

Um dos aprendizados aí mencionado faz referência a não repetição futura de determinada ação que pensamos ter contribuído ou até causado o problema, ou repetir ações realizadas que resolveram tal situação.

Esses momentos são importantes para promover transformação.

E além deste autoaprendizado que também podemos ter  com a pandemia, outras diversas informações passaram a fazer parte do nosso cotidiano com muita frequência, umas voltaram a circular, outras são novidades. 

Esta nova realidade  promoveu novos aprendizados ou nos relembra o que já estava em desuso, como:


  • Cuidados maiores com higiene, inclusive o de lavar as mãos corretamente. É incrível, em pleno século XXI, ser preciso ensinar a lavar as mãos! Isto me lembrou muito um filme que assisti sobre a biografia de Louis Pasteur, que mostra um químico ensinando médicos da importância da higiene em suas práticas, como os trabalhos de parto, a fim de evitar a febre pós-parto. Mas o século era outro.

  •  Maior domínio do mundo digital. Sim, porque grande parte da população se viu em quarentena e não podendo mais exercer seus trabalhos da forma habitual, precisou entrar "NA MARRA" na era digital, reuniões on-line, vendas por telefone, e-mail, aplicativos, etc, aulas por plataformas digitais, descobriram o tal do Home Office.

  • Mais oportunidades de aprender coisas novas ou atualizar seus conhecimentos surgiram, muitos cursos on-line foram disponibilizados e até gratuitos.

Sem dúvida, este novo contexto nos trouxe mais aprendizado sim! De diversas áreas e naturezas, além de uma grande oportunidade para o autoconhecimento. Que é um aprendizado e tanto! Esse é um tipo de ganho que beneficia todas as áreas da vida. Quem se conhece bem, vive melhor. Faz melhores escolhas, aproveita melhor o tempo, foca nas coisas que realmente tem mais importância na vida.


Miriele Rocha

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