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sábado, 24 de março de 2012

TENDÊNCIA NEOLIBERAL NA GESTÃO ESCOLAR


       De acordo com PARO(2001), a administração escolar diverge da administração capitalista, tendo a especificidade de construção da humanidade do educando. Essa especificidade da educação cria divergência entre administração escolar e administração capitalista. Paro infere que a princípio na sociedade capitalista, a aula é considerada de fato o produto do processo de educação escolar, como serviço prestado pela escola, tanto público como particular e as avaliações são tanto boas ou ruins. Porém em um estudo mais ponderado podemos pensar que aula na verdade não é produto do trabalho, mas o próprio trabalho pedagógico.    
        Segundo GENTILI (2002), referindo-se a Castel (1997), mesmo depois de 20 anos de ajustes neoliberais ainda acontecem formas de exclusão escolar, destacando que há de se “educar na esperança em tempos de desencanto” (p.33). Ficam evidentes concepções que nos fazem repensar o papel do gestor escolar enquanto gestão democrática, pois se faz necessário que este gestor promova formas de fazer com que a comunidade participe mais da vida escolar.
        Ao invés de juntar-se a escola para pressionar o estado, deixa-se manipular por políticas neoliberais que não estão nada preocupadas em sanar os problemas que marginalizam e excluem.
        As concepções presentes nos estudos de GENTILI nos fazem repensar o papel do gestor escolar enquanto gestão democrática. A escola precisa envolver a comunidade para que a mesma possa participar mais.
        Nos reportando a CATANI & JÚNIOR (2000), que tratam da política e gestão da educação, ao citarem GRAMSCI, que diz: "Se quisermos de fato salvar a escola, não podemos nos contentar em administrar, precisamos dirigi-la”.  
        Segundo CATANI & JÚNIOR (2000), a crítica das escolas atuais expressa muito mais o passado do que o desafio do presente.
        A escola precisa  estruturar-se com alunos, professores, pais e familiares. Os agentes da gestão escolar e educacional deverão atuar muito mais como administradores do que dirigentes.
        Administrar bem, dirigir e governar as escolas são recursos de que necessitamos para a dimensão do trabalho.
        ESTEVÃO(2000)  coloca o gestor como líder , defensor da educação, no entanto, no domínio da educação deve haver espaço aberto para confronto democrático e escolar justos.
        A gestão é sujeito de contradição no sentido crítico quando não existe um contexto democrático, apostando assim na construção de uma escola de qualidade, subordinada a padrões de justiça e humanização onde todos participem.      
        Segundo ALEM (2002), o neoliberalismo trona-se domínio e responde a crise no Estado Nacional causado pelo processo de globalização com interligações crescentes por meio de comércio e tecnologia.
        É necessário que a reforma aconteça para que não venhamos ficar de fora desta nova ordem mundial; que tem como objetivo educação, escola, preparação para o trabalho, tornando a escola uma indústria cultural da informática.
        Acontecendo assim uma regressão na escola pública, na visão de ALEM(2002) vendo então alunos, pais e comunidade são vistos como consumidores. ”A escola não é um negócio qualquer, sim boa administração.” (p.52e53)
        É preciso que tenhamos uma gestão escolar preocupada em qualidade e os gestores e professores devem ser eficiente para competir no mercado. ...”Sempre com visão crítica direcionada as tendências presentes no sistema educacional...” (p.54e55). ALEM (2002).  

Referências bibliográficas

      SILVA, Celestino da. ET ALLI. Infância, Educação e           Neoliberalismo. 3ªed. São Paulo: Cortez, 2002. (coleção    questões da Nossa Época; V.61).
     GENTILI, Pablo. Educar na Esperança em tempos de desencanto. 2ª ed. Petrópolis (RJ): Vozes, 2002.
     NEVES, Lúcia M.W. Uma Nova divisão de trabalho na Educação. Rio de Janeiro: Papéis de Cópia, 1997. (p 77-105) Brasil, Ano 2000. 
     PARO, Vitor Henrique. Gestão democrática da escola pública. Ática: São Paulo 2001.
     ALEM, Sônia Marrach. Infância, Educação e neoliberalismo. Cortez: São Paulo, 2002. 
     ALVES Alda Judith. Caderno de Pesquisa. São Paulo (77): 53-61, maio 1991. 

sábado, 10 de março de 2012

Atribuições de um tutor de EaD




Olá pessoal!

Como nosso post anterior abordou sobre o tutor de EaD, ou seja, aquela pessoa que acompanha o estudante de Educação a Distância durante todo o processo de aprendizagem, estou postando agora um termo de compromisso de um tutor de EaD que define bem quais as atribuições que este profissional possui.

Espero que gostem!



Termo de Compromisso do tutor de EAD

Quanto ao desenvolvimento da autonomia do aluno, tão importante para o processo de aprendizagem na EAD, comprometo-me a:

• Não oferecer respostas prontas orientando e estimulando meu aluno a encontrar suas próprias respostas.
• Apoiar sempre meu aluno fazendo-o entender como se dá aprendizagem em EAD, inclusive minha atuação enquanto tutora.
• Instigar o aluno com questões estimulantes.
• Conhecer o perfil do aluno e contextualizar os conteúdos de acordo com seus interesses, crenças e gostos pessoais, estimulando assim a sua participação nos debates.
• Estimular o aluno a justificar seu argumento;
• Controlar as discussões, evitando que as mesmas sigam caminhos contrários ao do tema proposto;
• Indicar outras fontes bibliográficas.
• Ajudar os alunos a superar dúvidas e limitações;
• Estimular a autonomia.
• Promover a interatividade.
• Perceber o silêncio virtual e incentivar a participação do aluno.


Miriele

sexta-feira, 9 de março de 2012

AVALIAR


        Avaliar é um ato que deve considerar os aspectos qualitativos sobre os quantitativos dentro do processo de ensino e aprendizagem. Não se avalia para excluir, pelo contrário, avalia-se para zelar que todos estejam inseridos no processo, inclusive, provendo meios para que isto se concretize da melhor
forma possível.

           “A avaliação na educação a distância deve atender a algumas características, e principalmente, ser planejada em função de seus objetivos. Dessa forma espera-se alcançar uma avaliação de qualidade, dando feedback
aos alunos e ao professor.” (Garcia)
Segundo Luckesi, a avaliação tem o objetivo não só de constatar a quantidade de conhecimentos adquiridos pelo aluno sobre determinado conteúdo, até porque isto seria difícil, mas ajudar o aluno a construir seus
conhecimentos. Logo, a EAD conta com ferramentas capazes de contribuir para esta concepção de avaliação.

            Perguntas auxiliares ou orientações para a tutoria:

1. O que deve ser avaliado em EAD?
2. Que instrumentos utilizar numa avaliação de EAD?
3. Qual a relevância dos fóruns neste contexto de avaliação?
4. Qual a importância das avaliações presenciais nos cursos de EAD?
5. Você considera a utilização de feedbacks uma boa estratégia de avaliação
em EAD?

Miriele

quinta-feira, 8 de março de 2012

Educação Cidadã


No atual contexto de globalização neoliberal, onde as desigualdades sociais se acentuam concomitantemente à universalização da escola pública, que se destaca a importância de uma educação que favoreça a questão da formação e preparo para a cidadania já nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Até porque, tornar a escola acessível a todos, que é direito garantido do cidadão, vai muito além de se expandir o número de instituições escolares gratuitas pelo país, ou seja, a escola de direito do cidadão é aquela capaz de atender as suas necessidades e prepará-lo para o exercício da cidadania.  Enfatizo a escola pública, por ser desta que se espera o atendimento educacional da maioria das crianças brasileiras, crianças estas que fazem parte de uma camada social, a qual é negada seus mais básicos direitos, como a própria educação, por exemplo, que se não é negada na garantia do acesso à escola, é negada pelo tipo de educação que essa escola lhe oferece.  Logo, oferecer escola para todos, por si só, não garante plenamente exercício de cidadania.  Essa escola universalizada precisa acompanhar e promover as transformações sociais, para que através de sua educação possa incluir cidadãos, permitir uma participação social igualitária e eqüitativa.

Miriele

quarta-feira, 7 de março de 2012

O Tutor a Distância



Conforme prometi em comentário de um dos posts anteriores, estou trazendo um pouco sobre  os tutores. Na educaçao a distância, há a atuação de diversos profissionais, onde cada um tem um trabalho específico que precisa estar em consonância com o objetivo principal do curso para garantir o sucesso do processo de ensino e aprendizagem desta modalidade de ensino.  Como já mencionado em outro post, cada curso e até mesmo a instituição tem uma configuração própria, isto influenciará, inclusive, na atuação destes profissionais.  Por exemplo, um curso de Matemática à distância de uma instituição X não trabalha  com tutor à distância, já o curso de Biologia desta mesma instituição atua com Tutores presenciais e à distância.  Uma outra instiuição Y utiliza somente tutores a distância em todos os seus cursos.  

O que eu quero dizer é que não há um modelo único de planejar um curso que será oferecido à distância. Porém, o sucesso do mesmo dependerá e muito de como este curso está configurado.  Até mesmo a função dos atores envolvidos não é "fechada", ou seja, um tutor presencial, por exemplo, pode ter atribuições em uma instituição diferente  do tutor presencial de outra. 

Mas o que devemos prestar bastante atenção é na concepção de educação, de currículo, de ensino e aprendizagem, de estudante deste curso. Um ponto importantíssimo é o de conceber  o estudante como o personagem central de todo o processo e a aprendizagem autônoma. Com isso, reserva-se ao tutor papel importantíssimo nesse processo.

O tutor à distância 
São diversas as atribuições do tutor a distância, no LANTE - Laboratório de Novas Tecnologias da Universidade Federal Fluminense no Rio de Janeiro, por exemplo, as atribuições deste tutor  nos seus cursos de pós-graduação são: orientar os estudos dos alunos; ajudar o aluno a cumprir o cronograma; promover atividades; auxiliar na resolução das mesmas; promover interatividade; abrir os fóruns para promover discussões interessantes; realizar feedback; sanar suas dúvidas com relação os textos e tarefas; o tutor trabalha como um mediador; motivador, instigando a curiosidade e o desejo do estudante em aprender; atendimento individualizado ao aluno; o trabalho em consonância com o professor-coordenador da disciplina; assessorar os tutores presenciais. Dependendo da configuração de um curso, este tutor deve atuar junto ao aluno, entre outros, como um orientador de estudo; complementa o trabalho do coordenador de tutoria da disciplina e do coordenador da disciplina e são parceiros dos tutores presenciais quanto a facilitar a aprendizagem dos alunos.

E o tutor presencial? 

Por ser o ensino a distância ainda algo novo para muitos, o tutor presencial é aquele que tem a função de estreitar o ensino presencial da EAD para aqueles alunos que têm uma atitude passiva em relação à aprendizagem, a se adaptar à educação a distância, onde se requer sua participação ativa no processo de aprendizagem, buscando autonomia de aprendizagem. Este ajuda o aluno a compreender os objetivos do Curso, de sua estrutura e da metodologia a distância. Também orienta os alunos nas atividades práticas, no uso de biblioteca, nas atividades em grupo, e em recursos virtuais colocados à disposição pela Coordenação do Curso e/ou pela Coordenação do Polo. Este tutor deve ter um domínio mínimo do conteúdo específico e saber sobre as questões gerais relativas à disciplina.  Uma outra forma de atuação deste, como exemplo, o sistema CEDERJ, este tutor atua mais com o conteúdo junto aos alunos, embora o objetivo não é dar aulas, pois desta forma não promove construção de autonomia.

Miriele

terça-feira, 6 de março de 2012

Educar para a cidadania: a exclusão tecnológica desafia a escola pública.


Estou publicando mais uma postagem sobre educação cidadã, hoje sobre o prisma da exclusão digital. 

No decorrer das últimas décadas, a revolução tecnológica e científica deu uma guinada  em  nossa  sociedade.   

Com isso, as novas tecnologias da informação e do conhecimento passaram a fazer parte do nosso cotidiano e a educação, evidentemente, precisa acompanhar este processo.  Torna-se até possível estabelecer um processo de ensino e aprendizagem fora do contexto tecnológico contemporâneo, mas nesse caso as preocupações recaem sobre o seguinte questionamento: futuramente, que garantias cidadãs terão estas crianças e jovens advindos de um processo educacional que os excluíram de sua sociedade, quando não os prepararam para atuar num meio impregnado pela informação e conhecimento?
Uma educação que não acompanha, nem promove as transformações sociais, não garante a formação de um indivíduo capaz de atuar ativamente na sociedade em que está inserido, consequentemente estará ao invés de preparar para ser cidadão, preparando para a exclusão, inserindo na sociedade indivíduos passivos e com olhares normalizadores em relação a sua desvantagem social. 
Os processadores de texto são o lápis e o papel da era da informação. As planilhas eletrônicas substituem as réguas de cálculo dos engenheiros e as máquinas de calcular dos que trabalham em escritórios. Os que não forem capazes de operar essas novas ferramentas estarão em desvantagem no mundo moderno. (CASTRO, 2001, p.17)

Pois, uma escola que utiliza como recursos, simplesmente giz, quadro, livros didáticos, folhas mimeografadas, lápis e papel, uma vez que esta mesma escola está inserida numa sociedade onde pesquisar inclui uso de internet, comunicar-se envolve a utilização além do telefone, de celulares, de e-mails, chats e salas de bate-papo, a escrita se faz também por meio de processadores de texto, onde até o uso de aparelhos mais difundidos como a televisão e o rádio estão mais aprimorados, os seus controles remotos comandam múltiplas funções, os álbuns de fotografias estão agora na era digital, podendo ser vistos até em aparelhos de TV’s por meio de aparelhos de DVD’s, além de muitas outras mudanças que vêm ocorrendo dentro deste novo paradigma de sociedade. 
Em todas as nossas ações cotidianas, deparamo-nos com a necessidade de utilizar algum tipo de tecnologia contemporânea, seja pagando uma passagem em um meio de transporte, seja realizando uma operação bancária, seja fazendo uma compra no comércio, na internet, enfim, as novas tecnologias vieram para ficar! Ou nos apropriamos delas ou viveremos em um mundo paralelo, o da exclusão.
O trabalho, que é um direito do cidadão, dentro desta nova sociedade necessita da obtenção de uma gama de conhecimentos contemporâneos do trabalhador, que se não os tem fica excluído do trabalho.
A profissão de fotógrafo e  a produção de filmes fotográficos, por exemplo, tem um grande desafio a enfrentar nesta nova sociedade: “a da era digital”. Estará sem perspectivas nesse novo modelo de sociedade, o profissional que não se apropriar das novas tecnologias de fotografia, pois como a venda de câmeras digitais tem aumentado muito nos últimos tempos, é evidente que vender filmes para máquinas comuns, em breve, não será algo lucrativo e a tendência então será o término das fábricas de filmes fotográficos.
Fato parecido já ocorreu em tempos anteriores, quando foi implantada a utilização de caixas automatizados no comércio.  Antes, para exercer a função de um caixa,  bastava saber as quatro operações matemáticas (que a escola ensinava). Hoje para se trabalhar no comércio seja qual for a função, é imprescindível possuir algum conhecimento tecnológico (a escola ensina?).  Algumas empresas até oferecem estes tipos de treinamento, mas nem todos conseguem se adaptar, por não possuir este tipo de cultura tecnológica, no entanto, considera muito complexa este tipo de atividade.
 E isso tem sido e será a tendência de outras profissões ao longo do desenvolvimento tecnológico em nossa sociedade. 
Existem cursos de informática e tecnologias afins espalhados por todo país, mas nem todos que freqüentam a escola pública têm condições financeiras para investir nestes tipos de aprendizados.
Podemos concluir então, que ser cidadão é não estar excluído de sua sociedade, seja ela como for.
Não se pode conceber uma educação que prepare indivíduos com desvantagens em relação ao seu mundo, principalmente quando essa educação diz “formar para a cidadania”.  Afinal de contas, uma escola cidadã deve inserir e não excluir.  Logo, se nossa sociedade está se tornando cada vez mais tecnológica, nossos alunos devem no mínimo ter noções a respeito destas tecnologias, para que possam ser incluídos de forma cidadã nesta sociedade.  
Gadotti (2006) menciona isto em um dos discursos, quando diz que a escola cidadã é aquela que viabiliza a cidadania de quem está nela e de quem vem a ela e que a mesma não pode ser uma escola cidadã em si e para si e ainda que, ela é cidadã na medida em que se exercita na construção da cidadania de quem usa seu espaço.
Não combater a exclusão tecnológica significa reforçar o distanciamento entre o saber escolar e a cultura do aluno, uma vez que ele não adquire na escola um conhecimento com efetiva aplicabilidade em seu cotidiano. 

Referências:

CASTRO, Cláudio de Moura. Educação na era da informação. Rio de Janeiro: UniverCidade, 2001.
BRASIL. Ministério da educação. Secretaria de educação média e tecnológica.  Políticas públicas para a educação profissional e tecnológica. Brasília, 2004.
BUFFA, Ester; ARROYO, Miguel; NOSELLA, Paolo. Educação e cidadania: quem educa o cidadão?. 11ª ed. São Paulo: Cortez, 2003.
ROCHA, Miriele dos Santos. EDUCAR PARA A CIDADANIA: A EXCLUSÃO TECNOLÓGICA DESAFIA A ESCOLA PÚBLICA. Artigo, 2008.  Disponível em: http://siteantigo.paulofreire.org/FPF2008/WebTrabalhoResumo?origem=TrabalhoMirieleRocha&inscr=MirieleRocha
MIRIELE

segunda-feira, 5 de março de 2012

Você sabe o que é educação à distância?


Atendendo as novas demandas sociais, temos visto atualmente a grande evidência que tem sido dada a modalidade de ensino de educação a distância.

Mas você sabia que educação à distância não é novidade?

Pois é, há muitos anos essa modalidade de educação vem acontecendo em nossa sociedade, o que mudou foi a forma de se desenvolver essa modalidade.

Quem nunca ouviu falar de cursos que podiam ser feitos indo ao correio pegar apostilas e enviando atividades? Então, já estamos falando de EaD.

O que aconteceu foi que a educação como outras atividades foram se aperfeiçoando com o decorrer do tempo. Hoje em dia a internet tem feito parte da vida de todos nós, direta ou indiretamente todos acabam precisando utilizar este grande meio de comunicação que a internet virou. Aproveitando isso, a educação se utiliza deste recurso para democratizar o ensino, lutando assim contra a exclusão social.

Imagina uma pessoa que trabalha o dia todo e só teria entre 22h e meia-noite para estudar, onde ela arrumaria vaga? Não arrumaria! Estaria excluída! A EaD, assim como é chamada a educação a distância, resolveu este tipo de problema. É claro, disciplina e disposição é fundamental! Deve-se aproveitar todos os momentos para investir nos estudos. Mas não há barreiras para quem quer vencer! Não é verdade?

Miriele (Tutora EaD)

Imagem retirada do site: ferasdatecnologia.blogspot.com

Materiais Impressos na Educação a Distância


Muitos pensam que ao se matricular em um curso de Educação a Distancia, seu único meio de estudo será via computador. Porém, percebe-se que as principais instituições do país que oferecem a modalidade a distância em seus cursos ainda consideram os materiais impressos como livros, fichários com módulos e apostilas. Por quê? E o que os alunos acham disso?


Bem, fiz algumas leituras e pesquisas com instituições e alunos de EaD para entender um pouco essa questão. Minha pesquisa apontou o seguinte: há algumas desvantagens neste tipo de material? Sim, desvantagens sempre têm,  porém, essa escolha por materiais didáticos impressos(MDI's) considera características positivas, entre outras, como:

Familiaridade - na nossa cultura educacional, na forma presencial, sempre tivemos contato com materiais impressos como livros, cartilhas e apostilas. Logo, o estudante pode se assustar se encontrar meios de estudo muito diferentes do que conhece, afinal, nem todos têm habilidades com tecnologias.
Vencer a Inacessibilidade digital - apesar da forte presença em nossa sociedade das novas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC's), ainda há muita gente por aí sem acesso a um computador, que dirá a internet. Esses estariam excluídos.
Praticidade - O material impresso é bem prático, não requer nenhuma habilidade específica para utilizá-lo. É só abrir, folhear e ler. Não requer também o uso de nenhum equipamento. Outra vantagem é que pode ser utilizado em qualquer lugar e em qualquer horário, por exemplo: no ônibus indo ou voltando do trabalho, no intervalo do almoço, como livro de cabeceira para estudar um pouco enquanto não dorme, etc.
Aspecto econômico - é considerável um material com custo baixo para aquisição e manutenção.

Com isso, as tendências atuais parecem apontar para a continuidade do uso do MDI em EaD e não a sua substituição por materiais didáticos virtuais. Muito pelo contrário, o MDI tende a ser articulado a outras mídias educacionais potencializando a sua utilização. 

Miriele Rocha

O TRABALHO DE UM GESTOR ESCOLAR

Bem, o trabalho de um gestor comprometido com a educação, com o sucesso de sua gestão e com a qualidade do ensino ministrado, não é uma tarefa fácil, mas pode ser muito gratificante.  São muitos os objetivos, muitas são as ações, diversas são as metas. Um plano de trabalho básico e comprometido envolve:


  • Cumprir seu plano de ação procurando sempre identificar os fatores  que estiverem interferindo no bom funcionamento do mesmo  e buscar  soluções para  o problema em questão.
  • Elaborar planos de ação, eventos, atividades, sempre tendo em vista a EDUCAÇÃO INTEGRAL.
  • Articular e mobilizar todos os atores envolvidos no processo educacional de forma a envolvê-los no cotidiano escolar, de acordo com o princípio de gestão democrática.
  • Coordenar e avaliar os planos de trabalho de cada núcleo envolvido no processo educacional.
  • Participar da elaboração e viabilizar a execução da proposta pedagógica da Unidade Escolar.
  • Administrar de forma transparente os recursos humanos, materiais e financeiros, de forma a atender a proposta pedagógica da U.E.
  • Zelar pela oferta de uma educação que priorize os aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
  • Assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas.
  • Manter toda comunidade escolar devidamente informada sobre o recebimento e os gastos da verba pública destinada a U.E.
  • Organizar e participar de reuniões freqüentes com os núcleos envolvidos com a Unidade Escolar com a finalidade de discutir sobre  os sucessos e as dificuldades encontradas na realização dos respectivos planos de trabalho.
  • Promover encontros com toda a comunidade a fim de debater sobre as potencialidades e as fragilidades em relação ao trabalho escolar.
  • Monitorar constantemente as ações realizadas por todos os envolvidos no trabalho escolar.
  • Atuar ativamente no Conselho Escolar.

A GESTÃO DEMOCRÁTICA E O PLANEJAMENTO DO GESTOR


Pensar uma escola capaz de promover uma educação de qualidade é pensar uma escola de caráter emancipador, com e para a autonomia, construída no coletivo, alicerçada na democracia. Esse ideal exige ações que correspondam a esse tipo de educação a qual pretendemos.
Tais ações não podem ser pensadas apenas por um indivíduo ou parte de um grupo, mas sim por todos os envolvidos no processo educacional. Tão pouco adianta permanecer na dimensão do pensamento. Essas ações necessitam ser pensadas, planejadas, registradas e executadas de forma a compor um documento vivo, flexível, democrático.
Esse planejar a escola envolve os diversos núcleos que dela fazem parte. Esses envolvidos possuem intenções comuns para com a escola, cabe então a gestão escolar elaborar um plano capaz de interligar esses núcleos, acompanhar e avaliar todo o trabalho realizado na escola, gerenciar as ações internas e “dar vida” à proposta pedagógica da escola.

O Plano de gestão tem como ponto de partida traçar o perfil da Unidade Escolar e a partir daí nortear as ações que serão desenvolvidas. Com isso, destaca-se em um Plano de Gestão seu caráter operacionalizador dos projetos e planos da escola.
E é inspirado nessa concepção de que a educação é um direito de todos que este presente documento deve ser elaborado. Buscando traçar objetivos e metas capazes de dar conta de uma educação democrática e baseada nos ideais de cidadania:
Conforme Gadotti, a gestão democrática da escola é um passo importante no aprendizado da democracia. A escola não tem um fim em si mesma. Ela está a serviço da comunidade. Nisso, a gestão democrática da escola está prestando um serviço também à comunidade que a mantém.

CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO E CURRÍCULO


 Ao pensar na estrutura e em todos os outros componentes que precisam se fazer presentes em um curso a distância, toma-se necessário primeiramente, partir da concepção de educação que se pretende considerar neste curso, ter claramente definidos os princípios que deverão nortear todo o desenvolvimento do projeto de EAD. E para isto é preciso traçar um PPP que delineará, norteará e definirá o tipo de curso que se pretende ministrar.
A avaliação por sua vez, seguirá essa concepção de educação que foi considerada na elaboração do projeto de EAD. Se esta concepção levar em conta tendências tradicionais de ensino, certamente, a avaliação será assim norteada. Neste modelo, as avaliações priorizarão as "provas", e as terão como únicas ou principais formas de avaliar. Sendo estas as que aprovarão ou reprovarão os alunos.
Se a concepção de educação for considerar tendências progressistas, por exemplo, esse "peso" na prova não será tão priorizado. Outras formas de avaliação serão pensadas e postas em prática.
Avaliações que procurem acompanhar a aprendizagem do aluno no decorrer no curso, seminários em grupos, chats, sínteses, trabalhos como este, vídeo conferencias, freqüência e participação em fóruns, realização de feedbacks aos alunos, e até auto-avaliações, numa prática mais libertadora.
Concluindo, serão a concepção de educação, os aspectos considerados na proposta curricular e PPP que definirão como o projeto de um curso em EAD funcionará, e obviamente a avaliação não fugirá ao paradigma adotado. A partir desta etapa, será definido se serão realizadas Avaliações formativas, somativas ou diagnósticas.

Miriele